Soneto de outono 

Hoje acordei espantado com o vento,
Contava historias do meu passado,
Dizia das coisas que havia errado,
Apontava o caminho certo pro centro.

Ao centro não desejava ir,
Desejei muito poder partir,
Pro colo da minha namorada.

Lá fora o outono caminhava
Ao som de uma musica celestial,
Era frio e o vento teimava,
em soprar forte no meu quintal.

Senti forte desejo de ir ao norte,
Era de onde nunca deveria ter saído,
Fora neste lugar que havia nascido.

Hoje eu estou perdido aqui,
Tenho nas mãos somente um violão,
No peito um grito de amor, uma paixão,
Nos olhos a sombra de alguém que conheci.

Já em meio a toda essa emoção,
Peço desculpas a todos os irmãos,
Pois quero dizer em alto e bom tom ,

Te olhar é tão bom!!!!

This article was updated on 25 março 2024

Holbein Menezes

Holbein Menezes é carioca, engenheiro, pós-graduado em engenharia econômica e mestre em administração, forjou sua atuação em 40 anos de trabalho na indústria do entretenimento.

Filho de um escritor de romances policiais e uma premiada artista plástica surrealista, sobrinho de um ganhador do Jabuti (1972), descobriu na literatura uma forma de expressão artística e um vínculo com as suas origens familiares.

Dois livros individuais publicados, "As sombras do Alentejo: O vinho e o destino" e "Rumo ao Horizonte: Uma jornada de despedida", além da participação nas coletâneas da editora Metamorfose: "As vidas que ninguém vê" e "Contos do mar".

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